O que é degeneração mixomatosa de mitral?
Degeneração mixomatosa de mitral (DMVM) ou também conhecida como Endocardiose de mitral é a doença cardíaca mais comum diagnosticada em pets, sendo responsável por aproximadamente 75% dos casos de cardiopatia em cães.
A degeneração mixomatosa de mitral afeta mais comumente a válvula atrioventricular esquerda ou mitral, embora em pelo menos 30% dos casos a válvula atrioventricular direita (tricúspide) também esteja envolvida.
A prevalência é maior em cães menores (menos de 20 kg), embora raças grandes às vezes sejam afetadas.
Em cães de raças pequenas, a doença geralmente é lenta, podendo ser considerada uma doença benigna, mas às vezes a progressão para insuficiência cardíaca congestiva em alguns animais pode ser mais rápida e grave.
Quais as raças mais sofrem com DMVM?
Algumas raças são mais predispostas à DMVM e desenvolvem lesões no aparato valvar precocemente, como o Cavalier King Charles Spaniel.
Outras raças predispostas são:
- os Poodles;
- Pequinês;
- Chihuahua,
- Spitz e
- Shih-Tzu.
A causa da doença valvar ainda não é totalmente conhecida, porém o caráter hereditário já foi identificado em algumas raças.
Sintomas
A maioria dos cães inicialmente apresentam um sopro pela regurgitação da válvula mitral anos antes do início dos sintomas da insuficiência cardíaca.
Após o tempo de desenvolvimento da doença os animais podem desenvolver tosse ou engasgos, e sinais de insuficiência cardíaca congestiva como dispneia (falta de ar), cansaço fácil, intolerância ao exercício e síncopes (desmaios), causados por edema pulmonar.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da degeneração mixomatosa mitral é feito pelo exame clínico, radiografia torácica e principalmente ecocardiograma. Eletrocardiograma é importante para avaliação de arritmias.
O tratamento para cães com DMVM consiste principalmente na terapia medicamentosa, na fase de remodelamento cardíaco significante, como objetivo de melhora da qualidade de vida (diminuição dos sintomas) e/ou no prolongamento de tempo de vida.
Os tipos medicamentos vão depender das manifestações clínicas e fase da doença em cada paciente.
O prognóstico é muito variável. Animais podem ter a doença e nunca manifestar sintomas, já outros podem ter uma evolução da doença mais rápida, entrando em insuficiência cardíaca congestiva e complicações como edema pulmonar grave.
Dr. Caio Galera Bernabé
CRMV/SP: 27.838
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