Setembro vermelho – Doenças cardiovasculares em cães e gatos

O mês de Setembro foi escolhido para promover ações sobre conscientização, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares.

É celebrado em homenagem ao Dia Mundial do Coração, que tem sua data oficial comemorada no dia 29 de setembro.

Essa data é importante no meio veterinário, pois problemas cardiovasculares em pets é muito comum na rotina dos consultórios.

Todos os animais podem ter doenças cardíacas?

Os gatos, cães novinhos, de idade média, idosos, de grande ou pequeno porte.

Todos eles  podem ser acometidos por doenças cardíacas.

As doenças podem ser congênitas, ou seja, o animal nasce com alguma alteração de formação do coração ou adquiridas, a mais comum, que desenvolve geralmente a partir dos 7 anos de idade.

Em cães de pequeno porte, a doença adquirida mais frequente é a degeneração mixomatosa da válvula mitral, sendo responsável por cerca de 75% dos casos de doença cardíaca em cães.

Já em cães de grande porte, a doença cardíaca adquirida mais frequente é a cardiomiopatia dilatada, sendo a segunda cardiopatia mais prevalente nos cães.

Os gatos também podem desenvolver alterações cardíacas, mais especificamente no músculo do coração (cardiomiopatias) e podem ser de tipos diferentes de acordo com o fenótipo da doença.

Sintomas e diagnóstico

Os cães acometidos por doença cardíaca podem ter um período sem sintomas e algumas vezes não desenvolvem a doença da forma grave.

Outros animais desenvolvem mais cedo os sintomas e uma evolução mais grave, precisando de cuidados maiores.

Os principais sintomas são:

  • cansaço fácil durante exercícios;
  • tosse, principalmente quando se agita (assemelha-se a um engasgo),
  • mudança no padrão respiratório e
  • algumas vezes desmaios.

O diagnóstico das doenças cardíacas congênitas ou adquiridas, é suspeitado já no exame clínico de rotina com o veterinário, auscultando um sopro e/ou alguma arritmia cardíaca.

Para a confirmação e graduação das enfermidades cardíacas são necessários exames mais específicos feito por um cardiólogo veterinário como ecocardiograma, eletrocardiograma e aferição da pressão arterial.

Tratamento

Após o diagnóstico, alguns animais não necessitam de tratamento e muitas vezes apenas o acompanhamento é indicado.

Já outros cães precisam iniciar um tratamento para controle dos sintomas e do avanço da doença cardíaca.

Algumas doenças congênitas são curadas através da cirurgia, já disponível em alguns centros veterinários no país.

No caso de doenças adquiridas, como a degeneração da válvula mitral e cardiomiopatia dilatada, não há cirurgias curativas ainda em nosso país, indicando apenas tratamento e controle com medicações.

Prevenção

Muitas pessoas não têm conhecimento de que seu pet pode ter uma doença cardíaca. Essas enfermidades são a grande causa de baixa qualidade de vida e de morte nesses animais, sendo, portanto, necessário maior atenção e investigação.

A prevenção torna-se algo de extrema importância, pois as causas das doenças cardíacas são genéticas e hereditárias, então com diagnóstico precoce conseguimos tratar e acompanhar o pet por mais tempo, gerando mais qualidade e tempo de vida do bichinho ao lado da sua família.

Animais filhotes ou jovens que apresentam algum tipo de sopro cardíaco durante a consulta com o veterinário, devem, primeiramente, ser encaminhados para realizações de exames cardiológicos.

Animais com mais de 7 anos devem entrar no check-up cardiológico anual, assim como é feito nos seres humanos de idade média e mais avançada, como forma de prevenção.

Aqui na AllianceCare temos especialistas na área de cardiologia veterinária.

Caso tenha o diagnóstico de doença cardíaca, o animalzinho deve ser tratado o mais rápido possível pelo veterinário cardiologista.

Dr. Caio Galera Bernabé

CRMV/SP: 27.838

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